Parashat Matot

19 07 2012

Baseado nos ensinamentos do Rebe MH”M.

A parashá de Matot é lida, sempre, durante as três semanas entre os dias 17 de Tamuz e 9 de Av – um período que lembra a destruição do Templo Sagrado e o início do exílio. Nesta época do ano, nosso anseio pela redenção final é expressada de um modo mais latente comparado ao resto do ano.

Qual a relação entre Matot, o exílio e a redenção final?

Vamos examinar o nome da parashá: Matot.

A parashá se inicia relatando como Moshé se dirigiu aos líderes das Matot (Tribos) do Povo de Israel.

As Tribos de Israel são chamadas de “shvatim” ou de “matot”. Shevet é um galho de uma árvore, recentemente cortado ou ainda conectado à árvore que o nutriu. Já matê é um cajado seco, desconectado da árvore na qual cresceu e não mais úmido com sua seiva.

Como galhos de uma árvore, cada alma judaica deriva de sua fonte em D’us. A palavra “shvatim” faz alusão aos judeus conectados a D’us, como os judeus nos dias do Templo Sagrado, que se dirigiam ao Templo para servirem a D’us e viam Sua presença ali. Já “matot” se refere aos judeus que aparentam estar desconectados de D’us, como os judeus do exílio, que não podem servir a D’us no Templo.

No entanto, o propósito do exílio é mudar a nossa “separação” de D’us para algo mais positivo. Isso é atingido através do uso de nossa “rigidez” em assuntos positivos.

O exílio cria a oportunidade que nos força a revelar nossa mais profunda força e a servir a D’us de um modo inflexível, “rigido”, apesar de todos os obstáculos existentes. Se não fosse por esses desafios que enfrentamos diariamente, essa nossa força nunca seria descoberta.

Como Matot, no exílio estamos separados de D’us (não conseguimos vê-Lo como no Templo Sagrado). Mas, também, como Matot, no exílio nos tornamos firmemente mais apegados a D’us, não importa as dificuldades que surjam.

Essa força interior de Matot nos levará ao cumprimento do que o versículo dos Salmos se refere (110:2) como “matê uzechá”, “o bastão de tua força”, que, como o Midrash explica, se refere a Mashiach (messias), que nos redimirá, muito em breve, deste exílio.

Shabat Shalom

Horário de acendimento das velas de Shabat para a cidade de São Paulo — 17h19





Parashat Acharei Mot / Kedoshim

3 05 2012

Baseado nos ensinamentos do Rebe MH’M.

Na parashá de Acharei Mot, nós lemos sobre o dia de Yom Kipur, o dia mais sagrado do calendário judaico. Neste dia, nós não comemos, bebemos, nos lavamos ou usamos sapatos de couro. Não é muito difícil de nos sentirmos sagrados nesta data, quando tantas coisas são diferentes. Porém, o nome da parashá, Acharei, que significa “depois”, nos lembra que devemos permanecer sagrados até mesmo “depois” de Yom Kipur, nos outros dias do ano.

Como podemos descrever uma pessoa sagrada?

Alguns pensam que uma pessoa sagrada vive isolada da cidade. Lá, na paz e no silêncio, ele pode concentrar-se em se tornar uma pessoa melhor. Ele pode vestir-se de uma maneira diferente das outras pessoas, ou jejuar, ou manter uma dieta bem simples. Ele pode abster-se do que acontece fora de sua casa, e passar o tempo pensando e rezando.

Porém, não é assim que a Torá nos ensina a sermos sagrados. Justamente o oposto!

A Torá nos fala para sermos sagrados e conecta esta mitsvá com as mitsvot relacionadas à comida, às roupas, ao casamento, aos negócios etc. Quando preparamos nossa comida, costuramos nossas roupas, e conduzimos nossos negócios do modo que D’us nos instruiu, nós nos tornamos sagrados.

Nós não precisamos nos afastar do mundo ou viver em outra cidade para nos tornarmos sagrados, mas sim, devemos estar envolvidos com nossas atividades diárias do modo que Ele quer que o façamos.

D’us nos disse: “Seja sagrado, pois Eu sou sagrado”. Ele coloca sua Santidade em tudo que existe – roupas, comida, negócios. Se vivermos nossas vidas do modo que a Torá nos orienta, então iremos revelar a santidade que D’us colocou no mundo. E é isso que nos torna sagrado.

Shabat Shalom

Horário de acendimento das velas de Shabat para a cidade de São Paulo — 17:18h





Parashat Tazria-Metsorá

26 04 2012

Baseado nos ensinamentos do Rebe MH’M.

Uma das parashiot que lemos esta semana, Tazria, fala sobre a “doença” de tsaraat. Tsaraat era uma punição para aqueles que falavam lashon ha’rá (maledicências; fofocas) – mesmo que o conteúdo da fofoca fosse verdadeiro, o simples fato de uma pessoa estar falando de modo negativo sobre outra é considerado um pecado – e a pessoa afetada era chamada de metsorá.

Na segunda parashá que lemos esta semana, Metsorá, nós lemos sobre como esta pessoa passava por um processo de purificação. Este processo não era simples: o metsorá precisava se afastar do acampamento pelo período de sete dias.

Mesmo que hoje em dia não somos punidos pelo pecado de falar maledicências, o pecado ainda é, infelizmente, bastante frequente. Portanto, é importante tentarmos encontrar a relevância desta parashá e sua relação com a “doença” de tsaraat para nossas vidas.

A palavra metsorá é uma combinação de três palavras: motsi, shem e rá, que significa “aquele que fala mal do outro”. Por esta razão, o Cohen, que deve amar todos os outros judeus, possui a força de declarar que uma pessoa está impura. Isso é devido ao fato de que declarar outra pessoa metsorá, se for feito por uma pessoa que não ama o próximo de modo puro e verdadeiro, é uma forma de motsi shem rá, sendo falso e cruel.

Logo, nossa primeira responsabilidade em relação ao próximo é amá-lo e ajudá-lo. Se falhamos com outro judeu, isso é um reflexo de nossas próprias falhas, e devem ser um lembrete para que nós possamos retificar nossas almas.

O Midrash compara a galut (exílio) à tsaraat. A causa do exílio era o ódio infundado. O verdadeiro amor ao próximo anula a causa do exílio, e trás a imediata e completa redenção com a vinda de Mashiach.

Shabat Shalom

Horário de acendimento das velas de Shabat para a cidade de São Paulo — 17:23h





Chag Ha’Pessach — Chametz e Matsá

12 04 2012

Baseado nos ensinamentos do Rebe MH”M.

As duas leis mais essenciais da festa de Pessach são as leis de chametz (alimentos levedados) e matsá. Durante Pessach, nós comemos matsá e somos proibidos de comer chametz. A diferença básica entre chametz e matsá é que o chametz é um pão que inflou, enquanto a matsá permaneceu baixa.

A Chassidut (parte mística da Torá) explica que nosso Yetser Tov e Yetser Ha’rá são como a matsá e o chametz. Chametz simboliza do Yetser Ha’rá, que é altivo, orgulhoso de si mesmo, e se “infla” na arrogância. Matsá, por outro lado, representa nosso Yetser Tov, que sempre se sente humilde na presença de D’us. Essa é a razão pela qual a matsá foi o primeiro alimento comido pelos judeus após tornarem-se uma nação.

Ainda assim, a diferença entre chametz e matsá é muito sutil.

Para ilustrar isso, vamos comparar o chametz e a matsá. Chametz é soletrado chet, mem e tsadik. Matsá soletra-se mem, tsadik e hei. Ambas as palavras possuem um mem e um tsadik. A única diferença entre elas é que matsá possui um hei e chametz, um chet. Agora, quando comparamos a estrutura do hei e do chet, nós vemos que eles são quase idênticos. Apenas uma pequena lacuna diferencia as duas letras.

Isso nos ensina uma importante lição:

A diferença entre arrogância e humildade pode ser muito leve, pois até mesmo uma pequena quantidade de arrogância não é boa. De fato, até mesmo uma pequena migalha de chametz é proibida em Pessach.

Também, a pequena abertura no topo da letra hei simboliza uma abertura para retornar para D’us. Arrogância, o chet, fecha as portas para D’us. Humildade cria a abertura necessária para que D’us possa entrar em nossas vidas.

Chag Sameach e Shabat Shalom

Horário de acendimento das velas de Yom Tov para a cidade de São Paulo — 17h36





Parashat Terumá

23 02 2012

Baseado nos ensinamentos do Rebe MH”M.

A parashá desta semana, Terumá, relata as instruções de D’us sobre como o Mishkán (Tabernáculo) deveria ser construído, assim como seus utensílios: o Aron (Arca Sagrada), a Menorá (Candelabro), o Mizbeach (Altar) e o Shulchán Léchem Ha’Panim (Mesa dos Pães da Proposição). Os Filhos de Israel foram ordenados a doarem ao Tabernáculo com esse propósito. Essas doações eram chamadas “Terumá”.

O versículo que contém essa ordem afirma: V’yikchu li trumá (“E pegarão para Mim terumá”). A princípio, a frase parece mal escrita, ela deveria dizer “E darão terumá”.

O Zôhar (principal livro da Cabalá) explica que quando uma pessoa dava uma doação ao Mishkán, ela se tornava conectada a D’us. Logo, a afirmação “pegarão para Mim” faz sentido, pois o doador está, na verdade, “pegando” D’us para ele, ou seja, se conectando a Ele.

O mesmo se aplica quando uma pessoa estuda Torá ou cumpre uma mitzvá, como a de dar tsedaká. Isso está, na verdade, oculto na palavra terumá, que é uma combinação das letras que compõem a palavra Torá mais a letra mem. O valor numérico da letra mem é quarenta – fazendo uma alusão à Torá, que foi entregue após os quarenta dias que Moshé passou no Monte Sinai.

Ao estudarmos Torá, usamos nosso tempo e energia que poderiam ser usados para outras coisas importantes ou para momentos de lazer. Ao fazermos uma doação, também, poderíamos usar o dinheiro conseguido com o “suor de nossas faces” para assuntos pessoais.

Essa é a razão pela qual D’us disse a Moshé para que dissesse aos Filhos de Israel que eles “pegassem” terumá. “Pegassem”, pois ao estudar Torá e dar tsedaká estamos, literalmente, “pegando” e ganhando.

Mais ainda: é verdade que dar tsedaká, estudar Torá e cumprir mitzvot pode ser caro e cansativo, mas o resultado é que ganhamos a maior recompensa que alguém pode ganhar: uma conexão com D’us. “Pegamos” D’us para dentro de nossas vidas.

Shabat Shalom

Horário de acendimento das velas de Shabat para a cidade de São Paulo — 19:21h





Parashat Mishpatim

16 02 2012

Baseado nos ensinamentos do Rebe MH”M.

A parashá desta semana abre com o versículo: “E estas são as leis que tu deves colocar diante deles”. Rashi, o principal comentarista da Torá, explica: “Como uma mesa posta e pronta para ser usada em uma refeição”.

Isso significa que Moisés foi ordenado a explicar as leis claramente, para que os Filhos de Israel não tivessem dúvidas e estivessem “prontos” para cumprir as mitsvot imediatamente.

Assim como nossas refeições devem manter nossos corpos fortes e saudáveis, elas também precisam estar “prontas” – cozidas e prontas para serem consumidas. De modo semelhante, para que as almas do povo judeu estejam saudáveis, é preciso que as leis estejam “prontas”, claras e facilmente compreensíveis.

Essa é, também, uma lição para todos nós, aos quais as leis foram ordenadas. Devemos estar “prontos” a todo momento para servir a D’us, e não estarmos ocupados ou distraídos em outras atividades. Esse é o propósito pelo qual fomos criados.

Quando D’us prometeu tirar o povo judeu do Egito, Ele os chamou de Tsivotai, “meus soldados”. Assim também, no dia da saída do Egito, Ele chamou o povo de Tsivot Hashem, “o exército de D’us”.

Todo exército possui um uniforme para que, assim, as pessoas possam identificar claramente a qual exército os soldados pertencem. Nós, também, possuímos uniformes, nos identificando como os “soldados de D’us” e mostrando um sinal de prontidão.

Quando um menino judeu usa o tsitsit (as franjas nos cantos das roupas), ele demonstra claramente que ele é um soldado de D’us e que está pronto para seguir Suas ordens. Assim também, a menina judia possui um modo especial em demonstrar que é judia, pronta para servir a D’us. Ela o faz através de roupas modestas, apropriadas para aquela que é considerada a princesa de D’us.

Shabat Shalom

Horário de acendimento das velas de Shabat para a cidade de São Paulo — 19:27h





Parashat Yitró

9 02 2012

Baseado nos ensinamentos do Rebe MH”M.

Na parashá desta semana, Yitró, nós lemos sobre o episódio mais importante na história do povo judeu – a outorga da Torá. Quando o povo judeu chegou ao Monte Sinai, a Torá nos conta: “E acampou, ali, Israel, defronte à montanha” (Êxodo 19:2). A Torá usa a palavra vayichán, que significa “e ele acampou”. A Torá não deveria ter usado a conjugação vayachanu, “e eles acamparam”, como já o fez quando descrevia as jornadas do povo pelo deserto?

Mas acampar no Monte Sinai era diferente, já que o povo judeu receberia, ali, a Torá. A Torá nos ensina como o mundo foi criado pelo único Criador, e que tudo o que existe nele tem somente um propósito: revelar a santidade de D’us. A Torá nos ensina a como cumprir com esse propósito e que, quando o fazemos, trazemos união ao mundo.

Já que a Torá traz união ao mundo, antes dela ter sido entregue, o povo judeu deveria sentir a união entre eles. Esta é a razão pela qual a Torá usa a palavra vayichán – “e ele acampou”. Nossos sábios explicam que o povo judeu acampou como “uma só pessoa, com um só coração”. Cada um de nós possui uma alma que é “uma parte de D’us”, e isso nos torna uma única nação. No Monte Sinai os judeus sentiram essa união de modo mais poderoso. E quando D’us viu esta união, Ele soube que era chegada a hora da outorga da Torá.

Mas, espere! Vamos analisar essa história mais de perto.

A Torá nos conta que, no Monte Sinai, Moshé subiu à montanha, Aharon e seus filhos estavam mais abaixo, os anciãos do povo ainda mais abaixo e o resto do povo ao pé da montanha. Isso é união?

A resposta é sim. União não significa que somos todos iguais, mas sim, que estamos próximos e unindo esforços para o mesmo propósito. Somos parte de uma nação unida com o mesmo objetivo: seguir as instruções da Torá e revelar a santidade de D’us no mundo.

Podemos ver como isso funciona em nosso próprio corpo. Todos nós possuímos um corpo, que é formado por várias partes distintas, cada qual com a sua função. Mas todas as partes fazem parte do mesmo corpo, e quando essas partes trabalham juntas, nossos corpos permanecem saudáveis e fortes.

Assim também, podem haver diferentes níveis, posições e papéis entre o povo judeu, somos somente uma parte de um grande corpo. Viver de acordo com a Torá nos ajuda a nos darmos conta de que, na verdade, o mundo é realmente um.

Shabat Shalom

Horário de acendimento das velas de Shabat para a cidade de São Paulo — 19:31h





Parashat Beshalach

2 02 2012

Baseado nos ensinamentos do Rebe MH”M.

A parashá desta semana, Beshalach, conclui com a história de Amalek, a primeira nação a entrar em guerra com o povo judeu após a saída do Egito. D’us, então, promete lutar e destruir Amalek em todas as gerações.

O lado prático para este conceito possui pouco significado hoje em dia, quando não sabemos dizer quem faz parte da nação de Amalek. Seu sentido espiritual, porém, é tão relevante hoje quanto em qualquer outro momento da história.

Rashi, o principal comentarista da Torá, compara o ataque de Amalek contra o povo judeu a uma banheira de água fervendo, onde ninguém consegue entrar, até que a primeira pessoa pule para dentro. Ao mesmo tempo que a pessoa se queima ao entrar na água fervendo, ela está esfriando a água para os outros.

Assim também, até o ataque de Amalek, todas as nações temiam os judeus. Após ouvirem que D’us, milagrosamente, os tirou do Egito e puniu os egípcios quando os judeus cruzaram o mar, nenhuma nação ousava enfrentar os judeus. Por serem os primeiros a atacarem os judeus, o povo de Amalek sofreu, mas também abriu caminho para que outras nações os atacassem.

O timing do ataque também é algo significante. Após deixar o Egito, o Povo Judeu entrou no deserto, onde D’us proveu comida do céu e o protegeu de todos os elementos perigosos com as nuvens da Glória. Amalek atacou, apenas, após os judeus expressarem preocupações e dúvidas sobre sua fé. A guemátria (valor numérico) da palavra Amalek é 240, o mesmo valor da palavra hebraica safek, que significa “dúvida”.

Apesar de não conseguirmos identificar a nação de Amalek, seu conceito ainda existe em nosso meio hoje em dia.

Amalek é representado pelo Yetser Ha’Rá, a má inclinação, que lança dúvidas em nossas mentes e tenta esfriar nossa exitação em assuntos de Yiddishkeit, judaísmo. Devemos, logo, lutar constantemente contra a influência de Amalek em nossas vidas, e nosso estudo de Torá e cumprimento das mitsvot devem estar permeados com entusiasmo e fervor.

Shabat Shalom,
Felipe Zveibl Fisman

Horário de acendimento das velas de Shabat para a cidade de São Paulo — 19:34h

Confira o arquivo dos emails anteriores no blog Pausa Pra Torá — http://www.pausapratora.wordpress.com





Parashat Vaerá

20 01 2012

Baseado nos ensinamentos do Rebe MH’M.

Na parashá desta semana, nós lemos sobre como Moshé e Aharon foram instruídos por D’us a tirarem os Filhos de Israel do Egito.

Em um versículo, a Torá menciona o nome de Aharon antes do de Moshé e, no versículo seguinte, Moshé é mencionado antes de Aharon. Por que?

Rashi explica que a razão para isso é para nos ensinar que tanto Moshé quanto Aharon eram considerados igualmente importantes.

Nesta parashá, também aprendemos a razão pela qual D’us quis tirar o povo judeu do Egito: para que Ele pudesse fazer deles o Seu povo.

Isso, na verdade, aconteceu depois, no Monte Sinai, quando D’us nos deu a Torá, um ato comparado ao “casamento” de D’us conosco, o povo judeu.

Em todos os casamentos, há pessoas que trazem o noivo à chupá, e aqueles que trazem a noiva à chupá. Nesse casamento entre D’us e o povo judeu no Monte Sinai, também havia essa função. Aqui entra a igual importância de Moshé e Aharon: a função de Moshé era a de trazer o Noivo (D’us) à noiva (o povo judeu). Então, ele subiu ao Monte Sinai para que pudesse trazer D’us ao povo. E era ele quem trazia a palavra de D’us, a Torá, ao povo.

A tarefa de Aharon era encorajar a noiva a se aproximar do Noivo. Para isso, ele permaneceu com o povo, inspirando-os a seguir a Torá. E cada uma dessas tarefas era igualmente importante.

Shabat Shalom

Horário de acendimento das velas de Shabat para a cidade de São Paulo — 19:38h





Parashat Shemot

12 01 2012

Baseado nos ensinamentos do Rebe MH’M.

O nome da parashá da semana, assim como o nome do segundo livro da Torá, é Shemot (“nomes”). Ela leva este nome devido ao fato de os nomes das tribos de Israel serem mencionados, mais uma vez, no início de nossa porção semanal.

Os nomes das tribos já foram mencionados inúmeras vezes no livro de Bereshit. Por que são mencionados mais uma vez aqui?

Rashi, o principal comentarista da Torá, explica que essa repetição nos ensina o quão preciosos são os Filhos de Israel perante D’us. Aos olhos de D’us, eles são comparados às estrelas, as quais Ele conta a as nomeia repetidas vezes.

Como os Filhos de Israel são comparados às estrelas?

As estrelas brilham durante a noite. Através de sua luz, mesmo uma pessoa que anda no escuro da noite não perderá seu caminho. O mesmo é verdadeiro com os Filhos de Israel. Cada judeu, homem ou mulher, possui luz moral e espiritual suficientes para influenciar amigos e conhecidos, e guiá-los no caminho adequado.

Mas, como vimos na explicação de Rashi, D’us conta e nomeia as estrelas. Existem dois aspectos nas estrelas: a) cada estrela é contada como estrela, e todas as estrelas têm isso em comum; e b) cada estrela é diferente, possui um propósito único, e seu próprio nome. Assim também, cada um do povo judeu – de modo igual – é contado como um judeu. Ao mesmo tempo, cada pessoa possui sua qualidade e importância individuais.

Outra importante lição sobre as estrelas:

Apesar da grande distância existente entre as estrelas e nós, somos capazes de vê-las e ter proveito de sua luz.

Se utilizarmos a força que D’us nos deu, teremos a habilidade de iluminar não somente aqueles que estão próximos, mas o mundo inteiro! Cada pequeno ato é importante. Até mesmo uma ação, uma palavra e um pensamento de um único indivíduo pode influenciar o mundo todo!

Como afirma o Maimônides, todos devem se lembrar constantemente que o mundo está sendo julgado por D’us por seus atos, e que a balança da justiça está devidamente equilibrada. Uma pequena mitzvá pode pesar a balança para o lado dos méritos e trazer a redenção para o mundo inteiro!

Shabat Shalom

Horário de acendimento das velas de Shabat para a cidade de São Paulo — 19:38h